Brasília Outros 50 anos, estamos nessa!!!

Brasília Outros 50 anos, estamos nessa!!!
O que isso realmente representa!

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Reunião confirmada - Terça Feira - 02 de Março - Teatro Goldoni - EQS 208/209

Reunião conjunta com o Fórum de Cultura do DF sobre o Projeto Brasília Outros 50 anos Propostas e Possibilidades, leve a sua!!!
19 horas - 1.º Andar

Atenção - Reunião na semana que vem

Convocamos a todos os seguidores dessa lista para a reunião que será realizada nessa terça feira. Ainda estanos confirmando o local. O GDF confirmou sua programação, que já sabemos de um nível muito aquém do que Brasília tem, como é padrão, sendo que os Artistas da Cidade mesmo aqueles de carreira internacional são tratados com o famoso ..."E Artistas Locais.." com o desrespeito de sempre. O Senhor Governador Interino demonstrou o interesse pela celebração dos nossos 50 anos: " Tenho outras prioridades..." É por essas e outras que nossa festa amorosa, por nossa Cidade, com nossa Cidade está mais mantida do que sempre! Estaremos entrando no ar na TV Brasil até 10 de Março! Viva o povo de Brasília, Viva a riqueza e a diversidade da Arte e da Cultura do Distrito Federal, a nossa identidade!

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Reunião fantástica da Cultura no T-Bone Cultural

Ontem reunidos no açougue cultural de Luiz Amorim protoagonizamos ontem um encontro histórico onde trocamos nossas angústias e perplexidades e fizemos propostas concretas de nos apropriarmos da Festa dos 50 anos. Estamos cada vez mais junto e prontos a demonstrar nosso amor à Brasília com todo nosso talento riquezan e diversidade!
Vamos que vamos Brasília. Mandem suas sugestões para cá! Demonstre sua forma de amar Brasília!

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Auto do pesadelo de D. Bosco

Foi um sucesso a estréia mundial da Ópera de Jorge Antunes. Ampla participação popular com todos terminando em um só grito: Arruda na Papuda, PO no Xilindró! Viva Brasília! Serão OUTROS 50 anos! Parabéns a todos os músicos, bailarinos, cantores, ao maestro, assistentes, ajudantes, voluntários público presente prefeitura do Conic, com mais cuidado com a sonorização da próxima vez! É a Arte!

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Mais uma celebração - Brasília Outros 50

Nada melhor do que dar continuidade à nossa celebração dos 50 anos de nossa amada Cidade que uma bela Ópera. Venha conosco cantar o Auto do Pesadelo de Dom Bosco, apresente sua forma de amar nossa Cidade. Isso é Brasília outros 50 anos!

Auto do pesadelo de D. Bosco

AUTO DO PESADELO DE DOM BOSCO
(Ópera de Rua, em um ato)

música e libreto de Jorge Antunes

ELENCO

Meirinho – JORGE ANTUNES, regente
Juiz Voxprópolis – MARCOS GEVANO ZELAYA, barítono
Burgomestre Leo Bardo Pro-Dente – YONARÉ BARROS, tenor
Monarca Xaró Parruda – THIAGO ROCHA, barítono
Suserano Paul Batávio - MARCOS SFREDO / REULER FERREIRA, tenores
Vassalo Borval da Bóza, HUGO LEMOS, barítono-baixo
Ioarrín Kouriz, Rei do Gado, Senhor da Bezerra d'Ouro - TIMM MARTINS, barítono
Bruxa Ouvides Grito – KARINA, mezzo-soprano
Reverendo Benedictus Dormindo - THIAGO ROCHA, barítono
Príncipe Augustus Baralho – RAPHAEL FREITAS, tenor
Vassalo Rogê Rolíces - REULER FERREIRA, tenor
Gran Vizir Ben no Início Tavares - EDUARDO CARVALHO, barítono
Truão Pônei Nêmer – EMMANUEL MOREIRA, tenor
Vassalo O Vilão Aires – AUGUSTO RODRIGUES / MARCOS SFREDO, tenores
Reverendo Júnior Embromélli – TIMM MARTINS, barítono


ORQUESTRA

Flauta e flautim – Sidnei Maia
Clarinete – Felix Alonso
Clarone – Fernando Henrique Machado
Violinos – Marcus Lisbôa Antunes e Renata Tavares Linhares
Violões – Álvaro Henrique e Luiz Duarte
Tiorba – Diogo Queiroz
Teclado – Rênio Quintas
Baixo elétrico – Roberto Pimentel (Bob Py)
Percussão – Carlos Augusto (Carlitos) e Éveri Sirac

GRUPO DE DANÇA

“LE ROI DANSE”

Coreografia - Maria do Carmo Poggi Merino
(diretora do ballet Ettude Seasons)

Bailarinos - Daniela Aguiar
Paula Abreu,
Karla Bortoni
Thomas Cortes,
Miguel Vieira
Yuri Briedes


CORO DO POVO

Ada-Karin Salomão, Alan Viggiano, Caroline Chahini, Celso Alcântara Alcântara, Christiane Dantas, Claudia Bugarin, Cleiniva, Daniela Fioravanti, Desine Alves, Dolores Pierson, Edna Sueli Zschaber Mavgnier de Castro, Eliane Ribeiro Alexandre, Elisabete de Almeida, Elizabeth Azeredo, Francisco Carneiro De Filippo, Gracilene de Souza Santana, Ioleth Porto, Jane-Maria Araujo, João Mendonça de Amorim Filho, Jorge Lisbôa Antunes, Karina Cury, Luana Benício Elizabeth Paes Jardim, Luiz Ribeiro, Manoela Almeida Vasconcellos, Marcia Regina Santos, Maria Arnete, Maria Coeli de Almeida Vasconcellos, Mariléia Costa Mauro, Mariuga Lisbôa Antunes, Norita Portilho, Nena Medeiros, Niamara Nascimento, Ozenir Fernandes Silva, Paulo Cesar Farias Ferreira, Sonia Palhares Marinho, Sandra Michelli Gomes, Rejane Bezerrra, Rosana de Cássia Alves da Silva, Renata Borges, Thais Silva Cordeiro, Valéria Almeida, Viviane Soares Piccinin, Wilma Ramos.


Praça Vermelha- Ary Para-Raios / CONIC – Brasília – DF

20 de fevereiro de 2010

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Brasília Outros 50 anos, vamos nessa

Os tamborins esquentam, a bateria suinga, Brasília explode em alegria, a justiça é feita, o povo brinca! Isso é Brasília! Brasília outros 50 anos - Eu Acredito, por amor a Brasília, a esse chão vermelho a esse Céu maravilhoso, essa gente fantástica que cria o maior caldeirão cultural do Planeta! As baterias esquentam, Brasília outros 50 anos, leve para a rua sua forma de amar nossa Cidade! A FESTA É NOSSA!

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Que Brasília é Essa!? - Contribuição de Bené Fonteles

Que Brasília é essa!?*

Brasília é a poética e política fusão num país do impossível pousada no cerrado pelo querência dos humanos e do Plano do Alto, além das vontades e das vaidades humanas.
Só quem compreender essa outra alquimia de ser e de estar no mundo, ficará de bem com o século que passou e com os que passarão.
O resto, são os preconceitos contra “a dura poesia concreta” de nossas inesquinas, que uma “elite cultural e econômica” impõe às castas dominadas.
Mas, a arte de nossa resistência, teima em aqui urdir um outro poder paralelo, quem sabe, ainda mais poderoso pela mística natural em que esta embuido, do que o que nos é imposto pelo poder mítico, político e arquitetônico, que constitui a espinha dorsal do “Exu Monumental”, como o apelidou o poeta e jornalista, a nossa “mais completa tradução”: TT Catalão.
Nosso resistir cultural através da arte, da ciência e da espiritualidade, sobreviverá aos passageiros vais e vens dos parcos políticos que milhões de brasileiros, inconseqüentemente, elegem para fazer daqui, sua infeliz e parca capital.
Mas essa é a capital brasílica de quase três milhões de brasileiros que vieram aqui quase nus e de todas as partes, para um todo:
QUEREREM VIVER AQUI DESAFIANDO-SE PELO NOVO!
E aqui ergueram mansões e casebres, como em qualquer lugar, para terem o gosto inaugural de construir o sonho e pintaram tudo da mais descarada esperança.
O mais leal e legal para com esta coragem de habitar a diversidade e adversidade do cerrado – com tão sutis belezas tecidas na dureza da poeira e da secura braba – é respeitar sem julgamentos, essa vontade soberana.
É preciso amar as tentativas criativas, mesmo vãs e cruas postadas pela ousada utopia de migrante e pioneiro candango. E não foram poucas: de JK o presidente, a Seu Pedro o escultor; de Dona Sarah a primeira-dama, a Dona Filó a parteira.
Todos sonharam com as ferramentas possíveis da necessidade e da urgência de reconstruir o sonho mitológico da terra prometida. Um sonhar assim nunca é de todo inútil. Ele é o corajoso anti-projeto com o qual se constrói qualquer verdadeira obra. Isso é Arte. Ela não é bonita ou feia: Ela É! Brasília se ergueu e se ergue, dessa vontade singular do imaginário brasileiro: ousar ser!
Traçada no ato inagural pelo urbanista Lúcio Costa, com um “X”, o do problema, a solução portanto, era ocupar a solidão coberta de vasto céu azul - que ele dizia ser o mar de Brasília – em meio ao planalto central e sua solitude rara e verde. Centrar no coração do Brasil, a utopia cabocla, mestiça, força real de uma nação que ainda tem coragem de errar, quantas vezes preciso for para testar a ousadia de sonhar o futuro que já começou agora e quando o era em 1960 vinha com ares de boas novas bossas. O Brasil otimista da era JK de cuja nostalgia ainda não se curou da frustação de ter se feito uma capital federal para habitar o fundamento de um sonho moderno de nação que foi frustado por décadas de tensão e falta de respeito pela integridade de nosso imaginário cívico e cultural.
Com tão curto e doído passado, temos porém todo tempo presente para curar as intemperies políticas e viver nossa imaturidade de cidade quase cinquentona. Tentar todas as possibilidades de sermos imensamente felizes com os grandes pecados da diversidade cultural, entre uma quadra e outra, sempre cheias de espaço, ar e árvores!
Podemos até nos lambuzar e abusar da eternidade para resolver todos os X’s dos problemas, que não são poucos e vivos em qualquer cidade que foi além de sua capacidade planejada: era uma cidade para apenas 250 mil habitantes. Somos mais de dois milhões. Mas, a questão principal, é que somos muito e misturados povos, vindos de todas as etnias para formar uma só tribo que em parte vive na ilha da fantasia que é o Plano Piloto, as outras na crueza satélite de Samambaia, Ceilandia, Taquatinga, Estrutural, Gama...
Somos ainda muito jovens, vivenciando uma capital única e bela – seja lá o conceito que se pode ter de beleza - motivo amplo para qualquer nação se orgulhar por tê-la feito brotar assim do quase nada. Por isso, queremos a compaixão dos outros brasileiros que não ousaram aqui deixar suas marcas. Convidamos a estarem conscientes de que:
A OMISSÃO DE POUCOS NÃO CONDENA JAMAIS A VONTADE DE MUITOS.
E, falar mal de Brasília não faz ninguém ficar de bem com o vero Brasil, nem com sua fé na profissão política, aquela que ajudou a eleger muito menos que 1% da gente que habita essa cidade: os aventureiros habituais de terça à quinta que trafegam do aeroporto para o congresso nacional, de lá para as redidencias funcionais e de novo o aeroporto... que dizem, ser o melhor lugar da cidade.
Brasília é muito mais do que tudo isso e está além das santas profecias e de seus falsos profetas. Por isso, sua alma-cidade resistirá, criando um corpo universal que não é só moldura da arquitetura esteticista do moderno para se engessar como patrimônio cultural da humnanidade. Ela é também a tecitura popular frágil de construir e morar neste século, e ainda será, quem sabe, infelizmente, o desafio do próximo.
Só quem constrói com afinco e poucas posses, sabe o que é criar uma engenhosa engenharia e arquitetura de emergência e sobrevivência, re-tecendo a urdidura do urbano com outros planos pilotos. E, com o sábio fazer de quem já pôs em pé e mutirão, muita oca e senzala, passou e passa pelas favelas e transcriou muito projeto desumano de BNH.
Brasília com tão diversos e geniais “arquitetos”, populares, resistirá bravamente sendo brasileira e universal ao seu modo e sem enganos, já que se prometeu aos migrantes para virem morar uma cidade sem estrutura para viver com o mínimo de dignidade a sua sede de futuro. Viraram o velho gado novo nos currais eleitorais dos políticos oportunistas que sempre estão no poder em qualquer estado brasileiro.
O século XXI, queira ou não, abrirá suas largas portas para as novas dimensões do humano que Brasília, agora como “cobaia”, viceja e experiencia. Possamos então juntos e solidários com ela, para dar um esplêndido salto ousado e quântico aqui entre os paralelos 15 e 20. Pois dizem, dessa plenitude jorrará com fartura leite e mel:
NEM QUE AS VACAS E AS ABELHAS TUSSAM!
E essa cidade é o mais perfeito tubo-de-ensaio da utopia para essas vontades impossíveis. As vantagens: ela não tem um longo e amargo passado montado sobre um esquema arquitetônico-urbanístico-feudal, centrado no EiXU: igreja-estado. Seu verdadeiro eixo fundamental, articula-se no centro de um “X” – ou cruz –, como queria o urbanista Lucio Costa ao pousar másculo, a forma do pássaro sobre o feminino plano. E o ousou confluir na rodoviária ainda tão suja, feia e desumana. Mas, é ali o lugar onde os brasilienses confluem em massa. Nela souberam aprofundar essa ousadia e transforma-la – entre caldos-de-cana, pregões, assaltos, prostituição e cantorias –, um ponto de chegadas e partidas para incomuns desafios políticos e poéticos.
Essa cidade de amplitudes ímpares onde céu e terra fundem-se um tosco mar cerrado, anuncia sua vocação de praia pluralista com um espírito criativo mix-singular meio a um Ser.tão que está inteiro em cada um de nós eternos migrantes que por aqui encontram o porto, o mais seguro. Quem não aprender e apreender isso, ficará de, e por fora, congestionado e em trânsito no caos de uma mega cidade ou engavetado e dominado pelo provincianismo de uma urbe pequena.
Talvez, quem sabe, hajam várias “pontas” de inveja pela nossa praticidade urbana posta nos largos e ajardinados espaços onde florem escandalosos guapuruvus e ipês-amarelos assombrando de flor e sementes a imensidão da paisagem. Ou mesmo, pelo que é formatada – com tantas desigualdades – mas acessada pelo cosmopolita de nossa proximidade com os fascinantes quintais diplomáticos de outros mundos.
Aqui no nosso terreiro a moçada atua na atitude cultural hip-hop ou sai atrás da plenitude do boi do seu Teodoro que vindo do Maranhão incorporou a nossa cultura à sua arte, e ela, a todo um caudal que incorpora bandas de rock, funk e forró, escolas de samba, clube de choro e mamulengos... O país que quase ninguém viu com o pais que quase ninguém quer ver, aqui mostra sua dsecarada cara índia, negra, mestiça e cabocla que come fast-food na lanchonete e toma açaí e tacacá na barraca do Pará de Dona Jacirema, e aremata com tapioca e acarajé de Dona Nininha e Mainha na Torre das TV nos fins de semana.
Brasília porém não finge o que não é. Ou se ama, ou se odeia sua inovação urbanística, ou sua original organização sócio-cultural pioneira em experimentar uma nova forma de viver com prazer em comunidade. Ou se identifica, ou não, com sua vocação pluralista e cidadã de se dar para quem quer aqui se expor as suas plenitudes que coloca cada um em si mesmo. E isso apavora os que fogem de sua própria realidade ou tem medo de encarar a força de si mesmo. Brasília não chama pro disperso. Não é uma cidade que pega pelo apego ao ego, mas em vez disso, sugere o encontro sereno com o verdadeiro eu. Não é uma cidade para os cegos de ser. É mais afeita para a poesia dos visionários.
A resposta vem em parafrasear Tom Jobim:
BRASÍLIA NÃO É PARA PRINCIPIANTES.
Quem sabe o é, para iniciados que possam avistar além de suas latitudes, espaços mais vastos para se compreender o sentido do que é cósmico pelo auxílio luminar das estrelas. Junto a poética, uma capacidade inerente de cada cidadão indignar-se com nosso destino que relega o talento dos brasilienses a vala comum do quase nada.
Aqui, nos parece, que culturalmente, é um ótimo lugar para morrer. A mídia sulista só dá lugar largo para a estreiteza do poder. Mas aqui viceja uma cultura de resistência à indiferença nacional. Sem esta antropofágica cultura, nada seria possível e teria feito desta capital federal, apenas um mero deserto burocrático. Lembrem-se das bandas de rock com seus poetas e cantores que viraram referência na música popular no país. E não esqueçam dos menos famosos fazem uma arte de alta qualidade seja na literatura, na música e nas artes visuais e que o país solenemente e sordidamente, desconhece.
Então, porque a mídia e intelectuais teimam tanto em ver apenas a Brasília política e sem ética, quando uma tribo criativa de inteligências raras, controem ocas consistentes e sensíveis em meio a beleza atonal do cerrado ?
Aqui residem indígenas, intelectuais, artistas, comerciantes e não só funcionários públicos que tornam também mais digna a alma nação. Então, com quais interesses se conspira lá fora e aqui mesmo, um plano sutil de calar nossa consciência desperta, nos limitando o mercado interno e externo? O que e quem nos quer fazer todos cúmplices comuns das injustiças nacionais cometidas em séculos de omissão da história política e cultural de um país que ainda não conhece o país? Porque o pior míssil está sempre apontado para a ogiva da nossa tosca, mas bem tecida oca-brasilis ?
A RESPOSTA SEMRE É: OUSAR O NOVO DE NOVO!
Então quem quiser viver a qualidade preciosa de água, ar e espaços vastos, perceberá que neste ponto de Luz eqüidistante de tantos “brasis” dessemelhantes e tristes, é onde arde e urde um país do “não sei bem ainda o que é”. Porque felizmente, não estamos todos prontos como disse Rosa. Tudo está antropofagicamente por se fazer e para a felicidade geral da moçada, é preciso ter a certeza de que fazemos a história não só evoluir, mas transcender as estórias para transmutar o caráter “macunaímico” do nosso povo e seu novíssimo e original projeto de civilização.
Quanto mais nos aproximarmos da cara de Aimberê e Zumbi, mais nossa máscara de falso-europeu, cairá por terra, dando lugar a uma nova alegria secreta que o Brasil em Brasília, por mais disfarces que se ponha, já não pode mais ocultar.
Aqui, o lugar de ousar “experimentar o experimental” com o mesmo brilho conceitual do crítico de arte Mário Pedrosa, que fez a cabeça de artistas e chamou atenção do país para o que havia de mais primordial além das meras vanguardas: a arte de nossos indígenas. Pedrosa queria para eles um museu vivo da memória e do pertencimento com um orgulho milenar pelas nossas origens.
Então o desafio é: uma cidade-símbolo de uma nação que não está estagnada e estará por isso mesmo, sempre aberta à improvisação sensível com o aval do nosso famoso “jeitinho ” criativo e generoso de ser. Mas só que com um jeito digno de botar nossa rica alma na rua, com a mesma eficiência organizacional com que as escolas-de-samba pulsam na avenida. Estão à surgir, outros Joãozinhos-Trinta para animá-las com alegorias reais e novas formas de ser e estar no Mundo to-TAO. Enfim, e por isso, mais feminino, assim mais fértil e sutil.
É ISSO, BRASÍLIA É ASSIM: MULHER!
Pousando curvas generosas à beira de um lago ampliado pelas boas idéias do original urbanista. Desenhada para as estratégias do poder viril pela imaginação escultórica do arquiteto, Ela, os transcende e como toda mulher, espalha graça entre vôo e pouso de garças. Esmera a sensualidade essencial que o cerrado lhe confere: do mínimo de poesia, toda flor dar de si, o máximo de poema à paisagem. Imaginada não só pelo sonho político desenvolvimentista de JK, mais pelo melhores e mais belos delírios intelectuais e artisticos de Oscar Niemayer, Darci Ribeiro, Agostinho da Silva, Athos Bulcão, Alfredo Ceschiatti, Bruno Giorgi, Tom Jobim, Vinicius de Moaraes, Rubem Valentim...
Brasília é também habitada por muita rima “pobre” que à beira do mesmo lago Paranoá, quer suas margens plácidas e já poluídas, só para si, além dos versos-voos das raras aves.
Ela é assim, uma cidade que busca sua vocação democrática inevitável: gestada no plano piloto e prenhe de vida quase inpraticável pelas satélites que lhe dão uma verdadeira cara de Brasil-caboclo sendo parido, sofrido e amado de novo. Nestas pequenas-grandes cidades feitas e moradas essencialmente por nordestinos/candangos - está a intrépida-trupe de pioneiros que concretaram com sacrifícios esse planalto -, e que continuam ainda dando concretudes com suas dignidades mal-pagas, para além dessas planícies.
Brasília ainda tem vergonha de sua cara candanga e enquanto isso durar, a cidade não terá sua identidade própria reconhecida pelo mundo. Sonhará aquilo que não pode e não deve ser para ter pertencimento a alma de um país real e além do real. Pois é daqui dessa amplidão de cerrado que se pode olhar pra o Brasil de todas as direções da rosa dos ventos e dizer:
SIM! Que vem ai bons tempos.
Brasília é por esta afirmação de fé e por estes misturados povos de muita raça, essa coisa indizível de cidade-estado-de-espírito elevada ao futuro, a prova dos nove, pronta a rasgar paisagens e receptiva a amar os horizontes absolutos. Neles, recusamos ser apenas um monumento tombado. Humanamente por eles, queremos o momento vivo da história que elege na nossa alma brasileira:
BRASÍLIA, A PRINCIPAL ESQUINA DO PRIMEIRO MUNDO DA UTOPIA DE SÉCULO NENHUM.

Bené Fonteles
Brasília, de junho de 1997 a janeiro de 2009
A formatação do Blog não permitiu que aparecessem os belissimos Desenhos de Lúcio Costa* quem quiser o original é só pedir!

Depois do Carnaval a Jiripoca vai piar

Depois do carnaval vamos juntar todas as idéias, cidadãos, artistas do Distrito Federal para elaborarmos o maior abraço que essa cidade amada já recebeu de sua população! Será um aniversário que ficará na História amém! Estamos tendo ótima receptividade e simpatia de todos na captação de recursos e vamos fazer uma festa linda, que vai sair de qualquer jeito com ou sem recursos! Vamos que vamos, Brasília é nossa!
Até Já!

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

A Imprensa Nacional começa a tomar conhecimento

Recebi emails de dois órgãos da imprensa Brasileira sobre o Brasilia outros 50 anos, as pessoas não param de perguntar e o processo toma corpo e consistência. Vamos que vamos!
Abs muito som!
Renio Quintas

domingo, 7 de fevereiro de 2010

Bem Te Vi Brasília

Amigas (os)

Ontem tomei a decisão, apoiada por minha equipe, de solicitar que seja retirado o Projeto Bem Te Vi Brasília 50 anos, do calendário oficial de comemorações do GDF (Governo do Distrito Federal). Ele havia sido contemplado com 500 mil reais para realizar uma Exposição Multimídia Interativa, ficando então o compromisso de veicular a marca desse governo, não só na Exposição, mas em todo o material promocional dela, no Filme de Longa Metragem que estamos preparando e nos Programas de TV que serão veiculados pela TV Brasil a partir do início de março.
A Fundação Bem Te Vi, instituída em 1985 aqui em Brasília, por ocasião dos 25 anos da cidade, possui um rico acervo audiovisual sobre a história da construção da capital sob o ponto de vista dos pioneiros de todos os cantos do Brasil e durante seus 25 anos de existência, vem atuando junto aos movimentos populares e artistas, no sentido de dar visibilidade a projetos e ações que contribuem com a construção de um mundo melhor e mais justo para todos.
Assim, resolvemos comemorar os 50 anos de Brasília, junto com amigos e parceiros que buscam os mesmos ideais de cidadania e procuram construir, mesmo com pequenas atitudes, uma sociedade mais amorosa.
Já enviamos ao GDF um e-mail, pedindo nosso desligamento e abrindo mão dos 500 mil reais a nós destinados.
Não estamos com isso desistindo de nossos planos de comemoração. Pelo contrário! Agora, mais do que nunca,com a alma leve, queremos mostrar a nossa cidade a ela mesma e também fazer o Brasil descobrir Brasília. É injusto que apenas a corrupção, praticada por uma minoria, seja veiculada na mídia e associada a nós, moradores comuns e à nossa capital, que tem aspectos maravilhosos e desconhecidos da grande maioria dos brasileiros.
Nós, moradores (as) da cidade, estamos nos unindo nesse momento.
Se você ama Brasília, venha comemorar conosco.
Brasília é patrimônio cultural da humanidade. A humanidade somos nós...Então, Brasília é nossa!!!

Tania Quaresma

sábado, 6 de fevereiro de 2010

Carta aberta enviada ao Fórum de Cultura do DF

Amigos e amigas do Fórum de Cultura do DF, quero lhes reportar que estamos trabalhando a todo vapor no Projeto Brasília outros 50 anos, que se torna cada vez mais real e palpável pela grandeza da riqueza e da diversidade de nossa Cultura feita em casa, por nós, os ouros da casa, os artistas do mundo, que optaram por aqui viver, pela qualidade de vida, pela proximidade com um céu inexplicável e pela pureza de um ar que se mostra cada vez mais poluído com as governanças que se mal-sucedem na (ir)responsabilidade de governar o único Patrimônio Cultural da Humanidade do Século XX. Não queremos rivalizar em fausto nem em pompa com o dinheiro sujo que circulará nas festividades oficiais, estamos óbviamente na captação de recursos limpos, suprapartidários para viabilizar um mínimo de beleza e estrutura e remuneração que merecemos e precisamos, e mais ainda, de coração aberto e limpo nos daremos as mãos para nos vermos e nos abraçarmos celebrando mesmo o fato de que nossa amada jovem cinquentona chega aos 50 anos com um vigor cultural e um acelerador de beleza cada vez mais evidentes na excelencia dos nossos artistas de todas as linguagens, que explodem em talento e capacidade cada vez que exercem seu ofício. Essa é a proposta, cheguem junto, vamos brindar com o amor que nossa cidade merece e deixar que essa triste história de quem queria apenas usar nossa cidade para seu exercício insano e irresponsável de poder sujo e glória abjeta seja jogado no Lixo da História de nossa cidade! Viva a Cultura de Brasília, Viva o Povo de Brasília, Viva o Povo Brasileiro, Viva a Cultura Brasileira! Vamos que vamos! Visitem e se tornem seguidores do blog www.brasiliaoutros50.blogspot.com para obter as notícias mais quentes de nossa epopéia! Vamos que vamos!
Abs muita Arte,
Renio Quinta

Tânia Quaresma está conosco!

As raízes profundas de nossas perfeitas árvores tortas se arrepiaram junto com as mais límpidas e mais profundas águas, explodiram em êxtase com a chegada ao Brasília Outros 50 anos de uma pessoa maravilhosa e um acrevo fantástico e uma força de trabalho capaz de remover montanhas e desmanchar em lágrimas de carinho um oceano: Tânia Quaresma minha querida seja Bem-vinda!
Nosso caminho é o do meio! Vamos que vamos!
Bjs com carinho muita Arte, muito som,
Renio Quintas